O BIG DATA E O NOVO MERCADO PARA OS PROFISSIONAIS DO DIREITO
- portalarquivodireito
- 29 de abr. de 2014
- 3 min de leitura
O Vídeo acima, acerca do Big Data, traz um cenário promissor e ao mesmo tempo preocupante.
Esta espécie de prospecto das vantagen e benefícios de novas tecnologias de integração e processamento de dados em larga escala podem servir aos profissionais do Direito? Ou são apenas uma sombra de um futuro onde pessoas estarão cada vez mais descontectadas umas das outras?
Parece preocupante as projeções para o futuro, em que o nível de "desconexão" do mundo real parece aumentar. Será possível aproveitar esses formatos para construir benefícios reais aos consumidores?
Essas novas tecnologias digitais, disponibilizadas incessantemente no mercado, já estão afetando a forma como clientes e profissionais lidam com o Direito.
Acesso à informação qualificada, hierarquizada, que pode ser facilmente comparada, possibilita ao cliente procurar o profissional com uma solução pronta para seu problema, querendo apenas implementá-la e obter benefícios adicionais.
Isso pode ser um incômodo para profissionais que não estejam preparado para lidar com as informações disponíveis nos diversos canais digitais, antecipando-se ao cliente e propondo soluções ainda melhores.
Claro que não podemos deixar de lado preocupações relativas à mudança de comportamento dos usuários, cada vez mais dependentes da tecnologia em aspectos frívolos da vida. É necessário também ponderar os impactos jurídicos relativos à privacidade e propriedade intelctual de dados e informações.
Ainda assim, não podemos ignorar o modo como estas inovações possibilitam reais vantagens e benefícios à vida das pessoas, em especial, os consumidores de serviços jurídicos.
Vídeos promocionais de novas tecnologias, como o do Big Data e do Google Glass, têm chamado a atenção de muitos consumidores, empolgados com as novas funcionalidades de ferramentas que prometem mudar a forma como nos interagimos com as pessoas e com os dispositivos eletrônicos.
O que é o BIG DATA?
Big Data é o termo usado para descrever a crescente disponibilidade e uso de informação digital. Consiste em um conjunto de soluções que processam de forma rápida, eficiente e estruturada uma grande quantidade e variedade de dados em tempo real.
No Direito, essa realidade não só tornará possível a digitalização do processo de forma eficiente, como dará aos profissionais ferramentas poderosíssimas para tomadas de decisão, controle e avaliação de ações corporativas.
Com o Big Data também será possível implementar ferramentas que avaliem o nível de veracidade das informações, rankeando melhor aqueles que produzem conteúdos de maior valor para os usuários.
Podemos sonhar com o potencial deste tipo de tecnologia:
possibilidade de construir plataformas que integrem informações relativas ao andamento processual, com informações detalhadas e traduzidas numa linguagem que o cliente leigo consiga compreender;
construir ferramentas que avaliem com maior precisão os problemas e necessidades dos clientes por meio da coleta e análise de palavras-chave nos mecanismos de busca como o Google;
grandes escritórios, com sedes em várias Estados, poderão integrar todos os seus canais de relacionamento com clientes, de sistemas informatizados locais às redes sociais, com consequente aumento do grau de satisfação do cliente.
É preciso estar atento também à mudança no perfil do cliente de serviços jurídicos. Fatalmente, as pessoas estão mais conectadas (pelo menos do ponto de vista de interações digitais) e isso exigirá a presença dos profissionais nos canais digitais.
E não se trata de uma presença digital qualquer. Será preciso elaborar e sofisticar as estratégias para que esta presença realmente atinja as pessoas, resguardados imperativos éticos.
Novas tecnologias e o novo perfil das plataformas digitais exigirão novos conteúdos qualificados, novos formatos de interação com os clientes e, o mais fundamental, novas estratégias próprias das mídias digitais.
Ricardo Orsini
Fundador do Arquivo Direito Soluções e Projetos em Marketing Jurídico
Empresário, mestre em Filosofia pela UFG e bacharelando em Direito pela PUC-GO
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